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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Jungmann vai ao STF e diz que Dilma e PT devem explicação

Líderes da oposição vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria Geral da República (PGR) na tarde desta quinta-feira (26/08) para cobrar a apuração rigorosa do crime de violação, por parte de funcionários da Receita Federal, do sigilo fiscal de aliados do candidato a presidente José Serra (PSDB).

Para os deputados federais Raul Jungmann (PPS-PE), João Almeida (PSDB-BA) e Cassio Taniguchi (DEM-PR), além do caráter criminal, o caso já se configura também como crime eleitoral, uma vez que os dados dos tucanos foram parar em dossiê montado pelo comando do comitê central da candidata petista Dilma Rousseff.

O grupo de deputados já pediu audiência com o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, e com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Os encontros devem acontecer a partir das 15 horas desta quinta-feira.

Os deputados também pretendem convocar reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara e aprovar requerimento para ouvir o secretário-geral da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e os funcionários acusados de violar o sigilo do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, e de Gregório Marin Preciado, marido de uma prima de Serra.

Para o deputado Raul Jumgmann, a candidata Dilma deve uma explicação a sociedade brasileira.

"O produto do crime (os dados fiscais dos aliados de Serra) foi parar no comitê da campanha da Dilma. O PT e a candidata devem uma explicação. Até porque o crime tem mando", cobra Jumgmann.

Na avaliação da oposição, a quebra de sigilo é apenas a ponta de um esquema de espionagem clandestina montado pelo PT para atingir adversários políticos.

"O que estamos assistindo é um atentado contra o Estado Democrático de Direito. Trate da revogação do artigo 5º, cláusula pétrea de nossa Constituição, que trata dos direitos e garantias fundamentais do cidadão. A justiça precisa agir prontamente e punir os reponsáveis por esse crime", finaliza Jungmann, que, no mês de julho, já havia ingressado com representação na Procuradoria Geral da República pedindo abertura de inquérito contra o secretário da Receita Federal por crime de prevaricação.


Fonte: http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/

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