SEGURANÇA PÚBLICA Diálogo aberto entre militares e o governo Publicado em 02.03.2011 - Jornal do Commercio - Cidades
Em assembleia, categoria desistiu de fazer passeata no Centro do Recife e aceitou participar amanhã da primeira rodada de negociações. De forma inédita, o encontro será aberto para praças e oficiais Um dia depois de o governo do Estado chamar as associações que representam os policiais e bombeiros militares para discutir as reivindicações da tropa, a categoria decidiu, ontem, em assembleia que reuniu mais de 500 policiais, não mais realizar uma passeata no Centro da cidade. Isso porque, o Executivo teria prometido uma primeira rodada de negociação para amanhã e, de forma inédita, aberta para praças e oficiais. O encontro, segundo as associações, deve acontecer no Centro de Convenções, em Olinda. O horário ainda não está definido. Durante a assembleia de ontem, no entanto, a categoria não descartou realizar uma passeata amanhã nem mesmo o aquartelamento durante o Carnaval, caso a reunião não aconteça. Mas as seis entidades que representam os PMs e bombeiros classificaram o encontro da última segunda-feira como um avanço nas negociações. “Pedimos nessa reunião que, de forma oficial, o comando comunicasse a decisão do governo para a tropa. E vai acontecer quinta (amanhã). Eles (o governo) disseram que até março comunicam o reajuste”, afirmou coronel João Moura, da União dos Militares do Brasil. O coronel informa, ainda, que na reunião de segunda-feira os secretários de Administração, Ricardo Dantas, e o de Defesa Social, Wilson Damázio, consideraram “viável” o reajuste pedido pela categoria. Também participaram do encontro os comandantes da PM e dos Bombeiros. Na reivindicação entregue pelas associações ao governo, todas as patentes receberiam reajuste. Do soldado, que sairia de R$ 1.331 e passaria a receber R$ 3.500, até o coronel, que pularia de R$ 6 mil para R$ 15,7 mil. Segundo coronel Moura, na última reunião, o governo teria usado como justificativa para não ter iniciado as negociações o corte de R$ 50 bilhões anunciado recentemente pela presidente Dilma Rousseff. “Eles alegaram que isso prejudicou os Estados.” De acordo com o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Renílson Bezerra, o governo garantiu que até o fim de março anunciaria a forma de pagamento do reajuste. “Mas ainda não foi discutido o percentual”, destacou Bezerra. A data-base da categoria é junho. A segunda assembleia do ano realizada pelos militares aconteceu mais uma vez na Praça do Memorial de Medicina, ao lado do Quartel do Derby, na área central do Recife e onde fica o comando da Polícia Militar. Segundo as associações, o governo do Estado vai convocar os policiais e bombeiros, via boletim interno, para o encontro de amanhã. Para participar, os interessados devem se inscrever em seus batalhões. O Executivo, no entanto, não confirma as informações. As lideranças estão convocando a categoria para aparecer em peso.“Estamos unidos e é importante que o máximo de policiais e bombeiros compareça para participar desse encontro”, destacou Bezerra. Uma das reivindicações dos militares é o subsídio para os inativos. Isso porque, ao se aposentar – por tempo de serviço ou inatividade por acidente de trabalho – essa parcela da categoria perde até 40% do salário. Os militares reivindicam um reajuste significativo desde 2008, quando o governo do Estado aumentou o salário dos policiais civis. |
Por: Paula Costa | Jornalista |
Fonte: http://www.acspe.com.br/sub_paginas/menu_noticias/noticias_ver.php?codigo=000841
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